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Conselho de Representantes discute ensino remoto e condições de segurança para retorno presencial

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 O Conselho de Representantes se reuniu de forma remota, naúltima segunda-feira (28), com a Diretoria da SINDUECE e o Grupo de Trabalho dePolítica Educacional (GTPE) do ANDES na UECE e, entre as deliberações, decidiu por realizar plenárias para discutir as condições para retorno às atividades presenciais na universidade. Na ocasião foi também discutida a cartilha doANDES que trata sobre ensino remoto e destruição do trabalho docente. 

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Na última sexta (25), o governador Camilo Santana anunciouque o novo decreto com medidas de combate à Covid-19 no Ceará autorizaria apartir de segunda aulas presenciais no Ensino Superior. Pela urgência da discussão, professores e professoras que compõem o Conselho de Representantesda SINDUECE concordaram em promover debates remotos via Google Meet (link será disponibilizado pela Secretaria) durante quatro dias para contemplar os oito campi da Universidade Estadual do Ceará e ouvir docentes dos 12 centros/faculdades. 

Para Virgínia Assunção, presidente da SINDUECE, épreocupante que o Governo do Estado avalie que já é o momento de reabrir asuniversidades para as atividades presenciais, visto que a minoria da população do estado foi totalmente imunizada contra o coronavírus e boa parte das instituições não têm condições sanitárias para receber estudantes e servidores. “Precisamos pressionar para transformar essa medida em um debate público, principalmente pela forma autoritária como o retorno presencial está sendo colocado, sem atender às condições de biossegurança necessárias. Não podemos ser coniventes com o aumento da contaminação, que será um fato”, criticou. 

Desenvolvido pelo Grupo de Trabalho de Enfrentamento àPandemia de Covid-19 no âmbito da UECE, o "Protocolo de prevenção econtrole da Covid-19 no retorno às atividades universitárias presenciais"foi apresentado durante a reunião pela professora Márcia Melo, 1ª Suplente da Direção do Sindicato e integrante do GTPE. Segundo ela, é importante a apropriação desse protocolo para que o corpo docente tenha condições de sustentar o posicionamento que a categoria decidir. “Entre medidas gerais e medidas mais específicas, não vemos essa adequação nem nos campi da capital, quanto mais nas salas do interior”, ressaltou. O protocolo lista condições de biossegurança necessárias para prevenir situações de risco do contágio da Covid-19 entre a comunidade universitária e pode ser conferido aqui

A reunião contou ainda com a apresentação, feita pelaprofessora Raquel Dias, vice-presidente da SINDUECE e integrante do GTPE, dovolume 4 da Cartilha “Projeto do Capital para a Educação: O ensino remoto e o desmonte do trabalho”, produzida pelo GTPE nacional, ligado ao ANDES-SN. Apublicação traz conceitos sobre ensino remoto, trabalho remoto e o Ensino à Distância, além de expor ações de luta contra a precarização da educação via ensino remoto. “Viu-se a necessidade de produzir essa cartilha visto que as instituições já estavam realizando não apenas o trabalho remoto, como também o ensino remoto. É importante analisar como a legislação foi criando subterfúgios para autorizar a precarização da atividade docente e permitir que as instituições tivessem mais espaço para driblar as condições de avaliação”, destacou.