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Nota de pesar: Galdino, presente!

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Sob um tombo, o silêncio servindo de amém.

Tá lá o corpo estendido no chão

Em vez de rosto a foto de um gol

Em vez de reza uma praga de alguém

E um silêncio servindo de amém

(Composição de João Bosco e Aldir Blanc)

Ontem, em mais um episódio de brutal violência, tomba um trabalhador em seu espaço de labor. A vida foi ceifada por seu instrumento de batente. E como se frui pela música, tá lá o corpo estendido no chão e um silêncio servindo de amém.

Apenas o silêncio.

Nenhuma nota de pesar. Nenhuma reverência institucional. Apenas o silêncio servindo de amém.

O barulho do silêncio ressalta a insegurança ante as violências que trabalhadoras(es) e suas filhas, seus filhos estão expostos no espaço que deveriam estar ao guardo do Estado.

Mas apenas o silêncio para quem é cotidianamente silenciado.

Da chama, em recente episódio, soergue a reconstrução. Do tombo, apenas o silêncio desumano.

A quem tombou, nossa dor. Aos que silenciam, queremos ações.

Galdino, presente.