A diretoria da SINDUECE vem a público declarar apoio à greve dos rodoviários de Fortaleza em defesa de melhores condições de trabalho e reposição salarial, iniciada na madrugada desta terça-feira (8). Mesmo não parando de trabalhar presencialmente desde o início da pandemia, na última semana, a categoria foi retirada da lista de grupos prioritários para vacinação contra a Covid-19 e seus trabalhadores receberão a vacina conforme ordem de idade prevista para o grupo geral de pessoas entre 18 e 59 anos.
A SINDUECE repudia ainda o cerco feito pela Polícia Militar à sede do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará (SINTRO) na manhã desta terça. O RAIO, três viaturas e um helicóptero foram acionados para circundar a sede do SINTRO, no Centro da capital, onde seria realizada uma assembleia dos trabalhadores. "Estamos cumprindo uma liminar para que rode 70% dos ônibus em horário de pico e ao mesmo tempo estamos convocando mais trabalhadores para que a greve continue, apesar do aparato de repressão da Polícia Militar aqui no nosso sindicato", denunciou Domingos Neto, presidente do SINTRO, em vídeo nas redes sociais.
É inadmissível que a atividade sindical seja intimidada pela força policial e é preciso que o Governo do Estado dê uma resposta para a tentativa de criminalização da organização dos trabalhadores. De forma legal, a categoria denuncia a falta de reajuste salarial há dois anos, retirada de direitos como plano de saúde, acúmulo de funções – sobrepondo a atividade de dirigir com a cobrança da tarifa dos passageiros – e a falta de vacina.
É preciso lembrar que o transporte coletivo foi considerado desde o início da pandemia como serviço essencial e, por isso, motoristas não puderam parar o trabalho presencial, sem receber Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados. Rodoviários configuram uma das categorias com maior aumento de mortes neste período: até agora o SINTRO já contabilizou mais de 20 profissionais mortos pelo novo coronavírus no Ceará.
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