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Conselho de Representantes define semana com atividades presenciais e remotas entre 20 e 27 de junho

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Em reunião com o Conselho de Representantes na tarde desta segunda (13), a SINDUECE definiu um calendário de atividades que serão realizadas de forma presencial e também remota entre os dias 20 e 27 de junho. A programação será iniciada com assembleia docente na penúltima segunda-feira do mês, no Itaperi, e encerrada com audiência pública na Assembleia Legislativa do Ceará cujo indicativo de data está para a última segunda-feira de junho. Com a participação de dez representantes de todos os centros e faculdades da UECE, a reunião encaminhou o trabalho de mobilização com docentes e discentes do interior para participar dos espaços presenciais na capital e do ciclo de plenárias online entre os dias 21 e 22.

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"É nossa ambição lotar as galerias da Assembleia Legislativa. Precisamos do envolvimento de todos do Conselho de Representantes para mobilizar as caravanas para virem a Fortaleza no dia da audiência pública", convocou a diretora do sindicato, Jaqueline Rabelo. A proposta é que a audiência, realizada por solicitação da Regional Nordeste I do ANDES-SN à Comissão de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da ALCE ocorra na tarde do dia 27 de junho e discuta as questões mais urgentes relacionadas às universidades estaduais. "A audiência que a gente fez em 2019 foi muito importante, porque a gente conseguiu repor o corte de 10% que comprometia completamente o orçamento da universidade, que já não era suficiente", resgatou Sandra Gadelha, à época presidenta da SINDUECE. "Mesmo na dificuldade a gente conseguiu praticamente lotar o auditório. Por isso é importantíssimo agora a gente mais do que lotar, mostrar que as cadeiras foram poucas", enfatizou.

Além do espaço no parlamento estadual, a SINDUECE apresentou para o Conselho a proposta de realização de assembleia docente no dia 20 de junho, seguida de uma festa junina para a base. Entre os temas que devem constar na pauta da reunião da categoria estão as questões relativas à campanha salarial e aos problemas nos editais do concurso para docente efetivo da UECE. Segundo Virgínia Assunção, presidenta da seção sindical, na ocisião será distribuída a versão impressa do dossiê sobre concurso e carreira docente, preparado pelo professor Nilson Cardoso em parceria com a entidade. "Queremos defender aqui que nós façamos o debate sobre as políticas afirmativas na UECE. Essa não é uma questão menor: de 365 vagas apenas quatro serem reservadas para pessoas negras e outras quatro para pessoas com deficiência revela o preconceito institucional", afirmou.

No mesmo sentido, o Conselho aprovou a realização de plenárias em caráter remoto com todos os centros e as faculdades da UECE para debater o conteúdo do dossiê, que, além do estudo preparado por Cardoso sobre as políticas afirmativas no edital, traz um apanhado sobre os efeitos do remanejamento dos cargos no quadro do Magistério Superior da universidade para o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos, a luta por reposição salarial e uma análise do impacto do projeto neoliberal na precarização da universidade pública. Dessa forma, as plenárias serão promovidas via Google Meet no dia 21 de junho, às 16h, com os campi da capital (Itaperi e Fátima) e no dia 22 de junho com os campi do interior: de 14h às 16h com docentes da FAFIDAM, FECLESC e FACEDI e de 16h às 18h com docentes da FAEC, FECLI e CECITEC.

Outra pauta discutida pelo Conselho na tarde desta segunda foi em relação à qualidade de participação de calouros neste primeiro semestre de trabalhos presenciais desde o início da pandemia. De acordo com docentes, tem sido identificados de forma recorrente entre discentes problemas para comparecimento às aulas e entre as principais causas reconhecidas até o momento estão a falta de condições pessoais para permanência na universidade e o adoecimento psíquico. "A gente achou que daria certo o retorno presencial e não deu. Na minha turma, de 50 a 60% dos matriculados nunca apareceram ou desistiram no meio do caminho", aponta Jaqueline, lotada no campus de Crateús. Como encaminhamento, o Conselho definiu solicitar uma reunião com a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UECE para apresentar três reivindicações: a realização de um levantamento sobre a frequência dos estudantes do primeiro semestre, a conformação de equipe multidisciplinar para disponibilizar acompanhamento psicossocial e garantia de assistência estudantil, com foco nas necessidades de alimentação e mobilidade discente.