A SINDUECE marcou presença, na última quarta-feira (8), em mais um Dia Internacional de Luta pelos Direitos das Mulheres, com ato na Praça do Ferreira, em Fortaleza, percorrendo as ruas do centro da cidade. A edição deste ano, que ocorreu a partir da articulação de diferentes entidades e coletivos, trouxe o lema “Pela vida das mulheres! Democracia, territórios e direitos”, em referência ao crescente número de feminicídios no Ceará e no Brasil. O Sindicato esteve presente no evento, ocupando uma tenda junto à ADUFC, e marchou pelas ruas com faixa em defesa da vida das mulheres. Só nos últimos dois anos, três integrantes da comunidade ueceana foram assassinadas.
Durante a caminhada saindo da Praça do Ferreira, as mulheres cobraram o fim da violência de gênero e o combate ao crescente número de feminicídios em nosso estado. Para a professora Raquel Dias, vice-presidenta da SINDUECE, para além de todas as nossas diferenças de categorias entre as mulheres da classe trabalhadora, a luta do 8 de março unifica por questões que atravessam todas. "O primeiro tema é o da violência. No caso do Ceará, só o mês de janeiro foi responsável por mais de 20 assassinatos, incluindo feminicídios. Nos últimos seis anos é o mês mais violento do nosso estado. Isso não é qualquer coisa", alertou. De acordo com levantamento da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), o mês de janeiro de 2023 foi considerado um dos mais violentos paras as mulheres cearenses nos últimos seis anos, com 25 homicídios e sete feminicídios.
O ato também ressaltou o papel das mulheres na luta pela democracia: “Este ano o 8 de março se abre em uma nova conjuntura, por isso que o nosso tema tem também a palavra de ordem da 'democracia'. Nós fizemos uma luta importante, desde o #EleNão, nas ruas e nas urnas, para derrotar Bolsonaro. E elegemos um novo governo, o governo Lula, mas é preciso dizer que nós mulheres, como parte deste movimento social, seguiremos nas ruas para garantir que aquilo que aconteceu no dia 8 de janeiro, pelos golpistas da extrema-direita, não se repetirá", destacou Raquel Dias durante fala no ato. "É preciso fortalecer nossa democracia, que é muito frágil, mas por outro lado precisamos seguir nas ruas para garantir nossos direitos como classe trabalhadora, como mulheres, e como minorias sociais", completou. Após percorrer as ruas do entorno, passando pela Catedral, o ato voltou para o local de origem e ocupou novamente a praça, celebrando a retomada democrática e popular vivenciada no país.
Com texto da ascom da ADUFC-Sindicato, editado por nós.